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quarta-feira, 1 de julho de 2009

A busca da cidadania num contexto de luta permanente pela sobrevivência

Ao chegar ao CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança), no Sub-Programa de Proteção Especial à Criança, Adolescente e Família, tive a sensação de que estava diante de um grande nome, um grande prédio, e um grande desafio.

Um bairro pobre, trabalhar com "famílias", grandes questões para conhecer e tentar transformar. Lutamos com a falta de tudo, inclusive de ar. Com pessoas com fome, que perderam o encanto pela vida, a auto-estima, a identidade, o respeito por si mesmo.

Um mundo de injustiças sociais onde lhes roubaram a identidade e a cidadania. Mil idéias, mil histórias, ilusões e o desejo de fazer toda a cidade conhecer, discutir e mudar este triste quadro: a luta permanente pela sobrevivência! Me enchi de idéias e caí em campo, ou melhor, pisei na lama e dela tirei lições de vida: algo precisa ser feito. Chega de teorias revolucionárias! Agir rápido e diretamente no problema, foi o meu ponto de partida.

E aqui estou eu, envolta com os problemas do bairro, com os problemas da sociedade, com os meus problemas. Com a busca de um mundo novo, apesar das injustiças.

Nosso trabalho é árduo. Nossa esperança esbarra em questões maiores que esse prédio. Mas, há luz no fim do túnel, luzes que brilham em forma dessa gente trabalhadora e sofrida que ilumina tudo com sua luta.

Estamos trabalhando com Clube das mães, tentando fazer uma horta comunitária, formar grupos de terceira idade.

Tentando e buscando dias melhores.

Os desafios são imensos, do tamanho de nossa esperança.

Esperança que procuramos transformar em ações concretas, num país massacrado, desacreditado, onde nada funciona a não ser a esperteza de alguns políticos. Fazer um trabalho de resgate ao respeito, auto-estima e à cidadania é o que buscamos. Por isso, resolvi deixar registrado aqui a minha esperança.

, Brasil, Caruaru, Pernambuco

Notas

Através do incentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.x

Fonte

Relato de experiencias ; Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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