sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Mensagem da UJC ao 38º congresso da UBES
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sábado, 28 de novembro de 2009
Nota política da UJC
A crise continua!
Os impactos da Crise Econômica Mundial acarretam para os trabalhadores e a juventude a perca de direitos, desemprego e o aumento da violência. A Crise continua! E cada vez mais é sentida com o aumento do número de pessoas que passam fome no mundo. Obama segue os planos de Bush dando continuidade a invasão militar dos Estados Unidos e aliados no Iraque e no Afeganistão, ameaçando uma Guerra na península Coreana e no Irã, além de manter o apoio a Israel inviabilizando a criação de um Estado Palestino. Promovendo a guerra em larga escala ainda foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, quem sabe isso o tenha incentivado a enviar mais 30 mil soldados ianques para o Afeganistão para “pacificar” as lutas da resistência.
Como ressalta a Declaração Política do XIVº Congresso do PCB: “A crise demonstra de maneira cristalina a necessidade de os povos se contraporem à barbárie capitalista e buscarem alternativas para a construção de uma nova sociabilidade humana. Em todo o mundo, com destaque para a América Latina, os povos vêm resistindo e buscando construir projetos alternativos baseados na mobilização popular, procurando seguir o exemplo de luta da heróica Cuba, que ficará na história como um marco da resistência de um povo contra o imperialismo”.
Na América Latina, verifica-se uma crescente rejeição, por parte dos partidos de esquerda, das organizações dos trabalhadores, da juventude, dos movimentos sociais e populares, dos governos da Venezuela, do Equador, de Cuba Socialista e da Bolívia, ao projeto de Álvaro Uribe de favorecer a ampliação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia. Somadas a reativação da Quarta-Frota militar no Atlântico Sul e ao repleto histórico de intervenções políticas e militares na região, as bases militares podem cumprir o papel de fomentar um conflito armado na região ameaçando os países que hoje se contrapõem aos ditames de Washington como Cuba, Equador, Bolívia e Venezuela. A defesa estratégica do Pré-sal, da Amazônia e do Aquífero Guarani faz parte da luta contra o imperialismo.
O golpe militar em Honduras que culminou na deposição do presidente Manuel Zelaya foi uma clara ação contra a construção da Alternativa Bolivariana para os povos da Nossa América (ALBA). A UJC parabeniza e presta apoio militante a iniciativas concretas de solidariedade internacionalista como a da Casa da América Latina que colaboram para a concretização de ações efetivas junto aos movimentos sociais e populares, partidos e organizações políticas hondurenhas com o objetivo de denunciar e colaborar para a retomada do mandato do presidente Manuel Zelaya e a realização de uma constituinte naquele país.
Nossa resposta é a luta!
Uma pauta importante que se apresenta para os trabalhadores e a juventude do Brasil é o debate político sobre o PRÉ-SAL. Os petroleiros em conjunto com os movimentos sociais e populares e a juventude constroem a nível nacional a campanha O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO! A UJC convoca a juventude brasileira a participar dessa importante campanha nacional envolvendo suas entidades, associações e organizações na construção dos Comitês, ações e mobilizações da campanha. Continuamos firme na denuncia dos leilões criminosos promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (Presidida pelo PcdoB) que fatia e vende as riquezas petrolíferas para a iniciativa privada. Defendemos a realização de um plebiscito para termos uma nova Lei do Petróleo que extinga a ANP, acabe com os leilões das bacias petrolíferas, retome o monopólio estatal do petróleo e aponte para a Reestatização da Petrobrás sob o controle dos trabalhadores. Somente desta forma podemos preservar a soberania nacional e assegurar que os extraordinários recursos financeiros que serão gerados pelo pré-sal sejam usados para a solução dos graves problemas sociais brasileiros e não para fortalecer o imperialismo e dar mais lucros ao grande capital.
A crescente criminalização dos movimentos sociais e os assassinatos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST são ações preocupantes que devem ser respondidas com o reforço nas ações de solidariedade e apoio militante ao MST. Entendemos que essa ofensiva contra o conjunto dos movimentos sociais, intensificada na criminalização do MST, é nitidamente uma iniciativa dos setores políticos mais conservadores do país, que hoje fazem parte inclusive do Governo Lula.
A UJC vem participando das mobilizações unitárias em conjunto com o PCB e a INTERSINDICAL que estão ocorrendo no Brasil defendendo que os ricos paguem pela CRI$E. Mas também denunciamos aqueles que sob a bandeira da unidade tentam conduzir os movimentos sociais, sindicais e de juventudes ao pacto social, agora “justificado" pela crise. A UJC fortalecerá as ações unitárias, mas buscará construir agendas próprias ou integrando campos progressistas, que identificam na crise questões inerentes do capitalismo. No Brasil defendemos a construção de uma FRENTE ANTICAPITALISTA E ANTIIMPERIALISTA, na perspectiva da formação de um Bloco Revolucionário do Proletariado que aglutine forças na luta pelo socialismo, que vá muito além de meras disputas eleitorais.
Seguimos lutando e criando!
A UJC retomou de forma regular sua participação junto a Federação Mundial das Juventudes Democráticas - FMJD fortalecendo a unidade das organizações de juventudes comunistas e revolucionárias no cenário internacional na luta contra o imperialismo e pelo socialismo. Além da participação no último Festival a UJC vem participando ativamente de reuniões, encontros e seminários da FMJD que ocorrem na América Latina.
Estivemos presentes no Conselho Geral da FMJD em Havana (CUBA) e na reunião regional da FMJD em Santiago (Chile) e vamos construir e participar do XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes em 2010 alçando bem alto a bandeira do socialismo.
A UJC esta buscando estreitar cada vez mais seus laços de apoio e solidariedade com suas organizações amigas. O Congresso da Juventude Comunista da Venezuela – JCV realizado no final do mês de agosto do corrente ano sinalizou um importante acúmulo de experiências de lutas importantes para o conjunto das organizações de juventudes comunistas e da esquerda. Saudamos os 80 anos de fundação da Juventude Comunista do Equador – JCE. Compreendemos a importância e o compromisso revolucionário desta organização para o avanço da luta pelo socialismo no Equador e no mundo. Em setembro estivemos novamente presentes no Congresso da Juventude Comunista Paraguaia – JCP, organização com a qual aprofundamos as relações de solidariedade e internacionalismo, avançando nas lutas conjuntas pela soberania energética do Paraguai e na luta contra o latifúndio em nossos países.
A juventude trabalhadora é uma parcela da classe trabalhadora que sofre diretamente com a precarização, o desemprego e outras mazelas do capitalismo. A UJC vem acumulando experiências de organização e luta na organização dos jovens trabalhadores. Seguimos construindo a INTERSINDICAL e impulsionaremos a campanha NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR RUMO A NOVAS CONQUISTAS! Entre a juventude trabalhadora. A Coordenação Nacional da UJC convoca seus militantes da Frente de Jovens Trabalhadores a garantir a participação na Plenária Nacional da INTERSINDICAL nos dias 28 e 29 de novembro em Santos-SP, onde iremos realizar uma reunião nacional dos jovens trabalhadores ligados a UJC.
A UJC convoca seus militantes, amigos e simpatizantes a participação no processo de mobilização para a construção de um Seminário Nacional de Reorganização do Movimento Estudantil Secundarista durante o 38º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A UBES que se destacou nos anos 90 na campanha pelo Fora Collor hoje atua em parceria com o ex-presidente na defesa das políticas compensatórias e focalizadas do governo Lula. Vamos participar do próximo congresso da UBES organizando os estudantes secundaristas e suas entidades de base (Grêmios) em cada estabelecimento de ensino com o objetivo de retomar o importante papel de mobilização e luta do movimento estudantil secundarista brasileiro. Movimento Estudantil Universitário
A destacada atuação unitária das Juventudes Comunistas do Fórum de Unidade dos Comunistas durante o último congresso da União Nacional dos Estudantes através da chapa POR UMA UNIVERSIDADE POPULAR marcou um passo importante no rumo de uma proposta de reorganização da UNE e da construção de um bloco no movimento estudantil brasileiro que prioriza o debate estratégico da construção da Universidade Popular em detrimento da disputa por cargos na direção da UNE e da opção por construir entidades paralelas. Não compartilhamos da visão idealista de que o movimento estudantil, em forte crise, será reorganizado por cima, através de criação de novas entidades, mas sim através de uma forte mobilização envolvendo o conjunto dos estudantes, em torno de propostas e programas claros de uma reestruturação do ME.
A União da Juventude Comunista vem reforçando sua atuação política em importantes universidades do país. Nossa participação nos processos eleitorais das entidades estudantis e nos congressos estudantis das universidades, não é um fim em si mesmo e sim uma possibilidade de potencializarmos o papel de organização e luta dos estudantes a partir do fortalecimento de suas entidades. Para tal, nos processos eleitorais e congressos que participamos buscamos construir um campo político que se contraponha aos campos governistas e paute o debate estratégico da construção da Universidade Popular.
Na UFG vencemos novamente as eleições para a gestão do DCE, enfrentando o boicote patrocinado pelas correntes governistas e a postura sectária de um setor do movimento. CRIAR, CRIAR, A UNIVERSIDADE POPULAR! Foi a palavra de ordem cantada na última ocupação de reitoria.
Em São Paulo mantemos nossa participação na construção do DCE da UNIFESP e estimulamos a organização do Movimento pela base, nos cursos, através dos Centros e Diretórios Acadêmicos e do movimento estudantil de área. Fortalecemos nossa atuação no Movimento Estudantil de Área, contribuindo com formulações no tocante a temas relacionados a saúde pública. Na USP TODO CARNAVAL TEM SEU FIM! É o nome de nossa chapa composta por militantes da UJC e estudantes independentes. Desde a ocupação da reitoria em 2007 ampliamos e qualificamos nossa intervenção política. A USP vem sofrendo vários ataques do Governo de José Serra, as mobilizações dos professores, técnicos administrativos e estudantes cresceram nos últimos anos.
No estado de Minas Gerais apoiamos a mobilização dos trabalhadores da Universidade Estadual de Minas Gerais contra o Governo Aécio Neves e estamos nos preparando para uma disputa contra a juventude do PSDB nas eleições para o Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação - UEMG. Na UFMG após um processo eleitoral despolitizado e marcado por manobras políticas anti-democráticas que inviabilizaram nossa participação enquanto chapa e garantiu a vitória do campo governista,faz-se necessário a recomposição do campo de oposição a direção do DCE. Seguimos defendendo a realização de um Congresso dos Estudantes da UFMG para que neste congresso o movimento estudantil organizado possa construir uma plataforma de lutas pautada pela construção da UNIVERSIDADE POPULAR.
Na UERJ não participamos do processo eleitoral e denunciamos o acordo feito entre setores governistas com um setor da esquerda que constrói uma nova entidade. Retomamos nossa atuação na UERJ e somamos força na construção de um campo de oposição ao Governo de Sérgio Cabral.
Em Pernambuco participamos ativamente do Congresso dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) debatendo e combatendo posicionamentos anarcóides e pós-modernos que apontam para o fim das entidades estudantis. Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) a cobrança de taxas é uma constante – seja na matrícula, no histórico escolar ou mesmo na expedição da 1º via do diploma de graduação. Enquanto militantes comunistas e defensores de um modelo educacional crítico e libertador, não aceitamos tal absurdo silenciosamente. É o nosso papel a organização dos estudantes para lutar contra as cobranças de taxas em universidades públicas e lutar pela construção de uma educação comprometida com as transformações necessárias e revolucionárias em nossa sociedade.
Na UFRGS, apoiamos a CHAPA 2 buscando manter o DCE na resistência aos ataques do Governo de Yeda Crusius a universidade e aos movimentos sociais. Na UFSM participamos da construção uma importante referência de esquerda no ME, que mesmo derrotada nas eleições para o DCE, politizou o debate e criou uma alternativa política de esquerda junto aos estudantes. Fortalecemos ainda nossa atuação na UFSC, denunciamos as manobras antidemocráticas feitas no Conselho de Entidades de Base e seguimos atuando em parceria com os movimentos sociais e pautando o debate estratégico da Universidade Popular.
A UJC esta retomando sua atuação no movimento de área fazendo o debate sobre as questões pertinentes a formação profissional na perspectiva da luta contra-hegemônica em relação ao capital. Participamos neste ano de vários encontros e buscaremos ampliar nossa participação nas executivas e federações de cursos, nos conselhos regionais e nacionais de entidades e no Fórum de Executiva e Federações de Cursos.
Os coletivos e núcleos de cultura da UJC estão desenvolvendo importantes atividades de cunho político e cultural pelo país. O Bloco Comuna que pariu! se prepara para sair novamente no carnaval do Rio de Janeiro, em Goiás o debate sobre Cultura Popular ganha cada vez mais fôlego, em Brasília a experiência do Teatro do Oprimido vem ampliando seus horizontes, Sábados vermelhos, Sexta Popular de Cultura e shows com bandas alternativas, são importantes experiências, que também levantam as bandeiras da União Juventude Comunista em diversos estados do país.
Ampliamos o núcleo da UJC em Cuba, denominado Carlos Marighela, que organiza estudantes brasileiros da Escola Latino-Americana de Medicina e da Escola Internacional Salvador Allende. Os jovens comunistas que estudam e vivem em Cuba, contribuem na construção do Socialismo na Ilha e nas lutas contra o Bloqueio e pela Liberdade dos 5 Heróis Cubanos.
Saudamos a realização do XIVº Congresso Nacional do Partido Comunista Brasileiro – PCB, organização da qual surge a União da Juventude Comunista e a qual a UJC possui vínculos políticos-ideológicos inquebrantáveis. A reconstrução revolucionária do PCB é uma conquista para a juventude e classe trabalhadora do Brasil e do mundo e nesses marcos, a própria reorganização da UJC em 2005, foi e é uma parte importante.
Construir o V Congresso: tarefa dos jovens comunistas
A Coordenação Nacional da UJC convoca seus militantes a começarem desde já os preparativos para o V Congresso Nacional da União da Juventude Comunista que se realizará nos dias 02, 03 e 04 de abril de 2010, na cidade de Goiânia/GO. O reforço na construção política e material da organização, a participação nas lutas políticas da juventude brasileira e a atenção na consecução das tarefas e objetivos traçados são peças fundamentais na consolidação da UJC a nível nacional como organização da juventude comunista na luta pelo socialismo no Brasil e no mundo.
A UJC mais do que nunca escreve em suas bandeiras e flâmulas: Fomos, Somos e Seremos Comunistas.
Viva a União da Juventude Comunista!
Viva o V Congresso Nacional da UJC!
COORDENAÇÃO NACIONAL DA UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA
Rio de Janeiro – RJ – Brasil – Novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Com o progresso surgem as desigualdades
sábado, 21 de novembro de 2009
Integração do Índio à Cidadania Nacional
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
POR UMA NOVA CULTURA DE PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
A política se constitui de reflexões e decisões humanas que fazem à mediação da vida social; ninguém vive fora de tais mediações. Participando ou não da formulação, somos todos submetidos a normas e instituições. As leis que mediam as relações de trabalho, a moradia, a moral, a utilização do espaço urbano, do transporte, a lei da educação, da saúde, do lazer, dos espaços, que define se tem sala de cinema e teatro na periferia ou não, o preço do ingresso para assistir o jogo no Serra Dourada; não há como fugir das normas sociais. Mas de onde brotam estas mediações que regulam a vida social? Ora, não somos nós mesmos quem criamos tais leis? Não vivemos em uma democracia?
Idealistas como Rousseau, um dos fundadores da democracia republicana, acreditavam piamente na possibilidade de regularmos racionalmente a vida em sociedade, de tal maneira que ninguém, por mais forte que fosse, teria o direito de exercer de forma desigual essa força sobre o mais fraco. Daí a ideia de que somos todos iguais perante a lei. Contudo, os conflitos sociais demonstram claramente os limites desse idealismo, na medida em que o uso da força é justificado na defesa da democracia; democracia falha que vem servindo a poucos. Democracia representativa que vem nos afastando das decisões e entregando nas mãos de poucos o direito de definir as normas sociais. Talvez o ideal de Rousseau só faça sentido se perseguido por meio da participação direta na política, na construção das mediações, das normas sociais, não por uns poucos parlamentares em negociatas de gabinetes mergulhados na corrupção, mas, sim, ampliando os espaços de decisão.
O processo de colonização e de divisão mundial do trabalho e da economia trouxe a ausência ainda mais forte de um Estado de direito a brasileiros e latino-americanos, ditos naturalmente inferiores, fazendo ecoar no imaginário popular afirmações desta inferioridade: “Terra boa de gente que não presta;”. “Plantando tudo dá! O povo é que é vagabundo.” Quando quebramos o estigma da inferioridade e nos organizamos para lutar por nossos direitos, o Estado se militarizou e fechou a ferro e fogo os canais de participação, ficando inconscientemente no imaginário de gerações a afirmação: “Contra a força não há resistência (lembro-me de ouvir isso desde a infância).”
A década de 90 foi a do individualismo, da privatização, da meritocracia, foi a década da doutrina neoliberal. Após a ditadura militar, que mutilou a participação política, tivemos a onda individualista pregando aos quatro ventos que “cada um buscasse o mérito de fazer o melhor”, desprezando a força dos grandes projetos coletivos e das organizações de classe, a força das agremiações políticas. O que acabou por fortalecer ainda mais a restrita política representativa. Votamos em um vereador e esperamos dois anos para votar em um deputado, e depois somos comunicados que o vereador votou contra o aumento do salário do professor no município, que o deputado votou em aumentar o tempo de serviço, adiando nossa aposentadoria. Somos comunicados que a Cachoeira Dourada foi privatizada, que a Universidade Estadual de Goiás sofreu um corte de verbas, que a passagem de ônibus aumentou, que há um rombo na previdência do município, ou pior, acabamos morrendo na fila de espera do Hospital de Urgência de Goiânia, enquanto as produtividades da soja e da cana batem recordes, favorecendo a balança comercial do Estado. Não é por acaso que não acreditamos nas instituições políticas, afinal de contas não respeitamos tais instituições porque não somos respeitados por elas. Mais fácil é fazer uma troca de favores qualquer do que pensar seriamente em participar da política.
Antes que sejamos comunicados que a empresa que trabalhamos vai demitir 200 pessoas, com a justificativa de conter a crise, mesmo recebendo apoio fiscal do governo. Antes que sejamos comunicados da privatização da Celg, ou da UEG, ou que tenhamos um outro episódio como o massacre do Parque Oeste Industrial, haveremos de nos mobilizar e construir no dia-a-dia uma outra cultura política, na qual sejamos nós os que decidem. Talvez seja preciso parar tudo para fazer um grande debate público, em uma “Ágora sem escravos”, e recriar os canais de participação na política, recriar o nosso lugar, onde faça sentido participar, construindo outras instituições mais coletivas, instituições que respeitaremos, pois nos sentiremos respeitados aos construí-las. Mas é claro que isso não significa nos ausentarmos dos espaços que existem, mesmo sabendo de suas limitações, e nem que isso seja possível sem conflitos significa buscar a ampliação dos espaços de decisão, fortalecendo as organizações de classe, potencializando as ações da sociedade civil.
Já pensou se fossemos nós os responsáveis por decidir os rumos do caótico transporte coletivo de Goiânia? Já pensou se houvesse um plebiscito para decidir sobre o sistema público de saúde, ou sobre a situação da Celg? Se pudéssemos decidir sobre as relações de trabalho e o destino dos impostos, já pensou o que poderíamos fazer? Mas isso, isso é coisa de político, não é mesmo?
*Fernando Viana é Secretário Político do PCB em Goiás.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A sociedade individualizada - Zigmunt Bauman
foi concordado e compartilhado seja dignificado. A sociedade é esse poder porque, como a própria natureza, estava aqui muito antes que qualquer um de nós chegasse e continuará aqui depois que todos tenhamos partido.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O que é cidadania?
A cidadania deve ser divulgada através de instituições de ensino e meios de comunicação para o bem estar e desenvolvimento da nação.
A cidadania consiste desde o gesto de não jogar papel na rua, não pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respeitar os mais velhos (assim como todas às outras pessoas), não destruir telefones públicos, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessário... até saber lidar com o abandono e a exclusão das pessoas necessitadas, o direito das crianças carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso país.
"A revolta é o último dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos: mas é também o mais imperioso dos deveres impostos aos cidadãos."
Juarez Távora - Militar e político brasileiro.
Como surgiu a cidadania?
A idéia de cidadania surgiu na Idade Antiga, após a Roma conquistar a Grécia (séc. V d.C.), se expandindo para o resto da Europa. Apenas homens (de maior) e proprietários de terras (desde que não fossem estrangeiros), eram cidadãos. Diminuindo assim a idéia de cidadania, já que mulheres, crianças, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
Na Idade Média (2ª era - séc. V até XV d.C.), surgiram na Europa, os feudos (ou fortalezas particulares). A idéia de cidadania se acaba, pois os proprietários dos feudos passaram a mandar em tudo, e os servos que habitavam os feudos não podiam participar de nada.
Após a Idade Média, terminaram-se as invasões Bárbaras, terminando-se também os feudos, entrando assim, em uma grande crise. Os feudos se decompõem, formando cidades e depois países (Os Estados Nacionais).
Entra a 3ª era (Idade Moderna - séc XV ao XVIII d.C). Os países formados após o desaparecimento dos feudos foram em conseqüência da união de dois grupos: o Rei e a Burguesia.
O Rei mandava em tudo e tinha um grande poder, graças aos impostos que recebia. Com todo esse dinheiro nas mãos, o rei construía exércitos cada vez mais fortes, além de dar apoio político à Burguesia.
Em conseqüência dessa união, a Burguesia ficava cada vez mais rica e era ela quem dava apoio econômico aos Reis (através dos impostos).
Com o tempo, o Rei começou a atrapalhar a Burguesia, pois ele usava o poder para "sacaneá-la". A Burguesia ficava cada vez mais rica e independente, vendo o Rei como um perigo e um obstáculo ao seu progresso. Para acabar com o Absolutismo (poder total do Rei), foram realizadas cinco grandes revoluções burguesas:
- Revolução Industrial;
- Iluminismo (Revolução Filosófica);
- Revolução Francesa (A maior de todas);
- Independência dos Estados Unidos;
- Revolução Inglesa.
Todas essas cinco revoluções tinham o mesmo objetivo: tirar o Rei do poder.
Com o fim do Absolutismo, entra a Idade Contemporânea (séc. XVIII até os dias de hoje), surgindo um novo tipo de Estado, o Estado de Direito, que é uma grande característica do modelo atual. A principal característica do Estado de Direito é: "Todos tem direitos iguais perante a constituição", percebendo assim, uma grande mudança no conceito de cidadania.
Por um lado, trata-se do mais avançado processo que a humanidade já conheceu, por outro lado, porém, surge o processo de exploração e dominação do capital.
A burguesia precisava do povo e o convencia de que todos estavam contra o Rei e lutando pela igualdade, surgindo assim, as primeiras constituições (Estado feito a serviço da Burguesia).
Acontece a grande contradição: cidadania X capitalismo. Cidadania é a participação de todos em busca de benefícios sociais e igualdade. Mas a sociedade capitalista se alimenta da pobreza. No capitalismo, a grande maioria não pode ter muito dinheiro, afinal, ser capitalista é ser um grande empresário (por exemplo). Se todos fossem capitalistas, o capitalismo acabaria, ninguém mais ia trabalhar, pois não existiriam mais operários (por exemplo).
Começaram a ocorrer greves (pressão) contra os capitalistas por parte dos trabalhadores, que visavam uma vida melhor e sem exploração no trabalho.
Da função de político, o homem passa para a função de consumidor, o que é alimentado de forma acentuada pela mídia. O homem que consome satisfaz as necessidades que outros impõem como necessárias para sua sobrevivência. Isso se mantém até os dias de hoje (idéia de consumo). Para mudar essas idéias, as pessoas devem criar seus próprios conceitos e a escola aparece como um fator fundamental.
sábado, 26 de setembro de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
A caminho do necrotério, pai descobre que bebê estava vivo
Médico não teria visto sinais vitais no bebê, que nasceu prematuro.
Luciana Rossetto Do G1, em São Paulo
Um bebê prematuro, dado como morto, por pouco não foi encaminhado ao necrotério do Hospital Modesto de Carvalho, em Itumbiara (GO), no sábado (8). O pai da menina, Andriel Pontes de Oliveira, contou ao G1 que ele mesmo percebeu que a filha estava viva quando foi ver o corpo e notou que ela fazia força para respirar e mexia os braços.
“Eu disse para a enfermeira que minha filha estava respirando, então ela pegou a criança e levou para o médico. Colocaram minha filha na estufa e ela tinha batimentos cardíacos. Foi muita irresponsabilidade dos médicos. O que fizeram com a gente, não se faz com ninguém”, afirmou Oliveira, ainda perplexo com o que aconteceu.
Oliveira explicou que sua mulher, Larissa Garcia dos Santos, foi internada na terça-feira (4) por causa de complicações na gravidez. A criança nasceu no sábado, após cerca de cinco meses de gestação.
Segundo Oliveira, a equipe médica que teria constatado a morte da menina não mostrou o bebê para a mãe, apenas informou que a criança estava morta. “Minha esposa ficou desesperada quando não quiseram entregar a menina. Minha filha foi tirada da sala de parto ainda viva e ficou mais de uma hora sozinha, sem nenhum atendimento, lutando para viver”, disse.
Segundo Oliveira, depois que a equipe médica foi chamada e percebeu que a criança estava viva, a menina recebeu os primeiros atendimentos e foi encaminhada ao Hospital Materno Infantil, em Goiânia. Segundo o hospital, ela permanece internada e seu estado é grave, mas estável.
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Negligência
O advogado Leandro Martins Pereira, que representa a família, explicou que aguarda a evolução do estado de saúde do bebê para definir que ação será tomada contra o hospital. “É sem dúvida um caso de negligência, mas a situação pode se agravar caso a menina não sobreviva”, disse.
Segundo o advogado, já foi solicitado ao hospital o prontuário médico da mãe e os documentos relacionados à criança, inclusive o atestado de óbito que teria sido assinado pelo médico. “O casal saiu do hospital sem nenhum documento, não entregaram nada que possa comprovar o que aconteceu. A direção diz que não foi feito o atestado, mas o médico confirmou para os pais da criança que fez o documento”, afirmou o advogado.
Investigação
O diretor clínico do Hospital Modesto de Carvalho, Ernani Oliveira Rodrigues, disse que, após o parto, o médico não percebeu sinais vitais na criança. O bebê teria recebido atendimento ainda no centro cirúrgico, mas não teria respondido.
Segundo Rodrigues, o médico teria constatado o óbito, mas não chegou a preencher o atestado.
Ainda de acordo com o diretor clínico, a menina teria sido encaminhada para a sala onde receberia cuidados da equipe de enfermagem e, posteriormente, seria levada ao necrotério. Ao contrário do que informa o pai da criança, Rodrigues ressalta que uma funcionária – não o pai – percebeu que a criança estava se mexendo e acionou a equipe médica.
“Comunicamos a Comissão de Ética Médica do Conselho Regional de Medicina (CRM) e instauramos uma sindicância interna que vai avaliar se houve desvio de conduta do médico. Vamos investigar o que aconteceu”, disse Rodrigues.
O diretor clínico afirmou que ainda não conversou com o médico e enfermeiros que atenderam a mãe e o bebê. Eles devem fazer uma reunião nesta terça-feira (11).
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1261660-5598,00-A+CAMINHO+DO+NECROTERIO+PAI+DESCOBRE+QUE+BEBE+ESTAVA+VIVO.html
terça-feira, 14 de julho de 2009
Direitos humanos e cidadania no Brasil: algumas reflexões preliminares
Como sugere o tema deste painel, as discussões sobre direitos humanos costumam estar articuladas com debates relativos a questões de cidadania, especialmente se tomarmos como referencial privilegiado a versão moderna da discussão, a partir da "Bill of Rights" Inglesa de 1689, da Declaração da Independência dos EUA em 1776, da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na França em 1789 ou da Declaração Universal dos Direitos do Homem proclamada pela Organização das Nações Unidas em 1948. Neste sentido a noção de direitos humanos remete a idéia de direitos civis (Downing & Kushner, 1988) que, por sua vez, está freqüentemente associada às idéias correlatas de direitos políticos e de direitos sociais2. Poder-se-ia dizer que, se os direitos humanos remetem, inicialmente, a uma concepção onde o mundo está dividido em Estados-Nação que devem respeitar os direitos de seus cidadãos, sugere também a idéia de uma cidadania mundial que seria consubstanciada na institucionalização de direitos universais, compartilhados por todos os cidadãos do mundo.
(...)
"...as relações pessoais...têm muito mais peso que as leis. Assim, entre a lei impessoal que diz não pode e o amigo do peito que diz 'eu quero`, ficamos com o amigo do peito e damos um jeito na lei. Entre nós, é o conjunto das relações pessoais, nascidas na família e na casa, que tende a englobar -- em geral perverter o mundo público e não o contrário... (1991b:17).
Ao dar "um jeito na lei" invertemos a situação de subcidadãos para a condição de supercidadãos e, freqüentemente, transformamos direitos em privilégios. Isto é, garantimos o acesso a serviços, benefícios ou oportunidades através de mecanismos que não são passíveis de legitimação no âmbito da lógica universalista e niveladora da cidadania e dos direitos iguais, característica da esfera pública. Nestas circunstâncias, a realização de nossos objetivos requer a utilização da lógica da relação e da distinção para substantivar a condição especial (superior e privilegiada) que reivindicamos no processo.
Continuar lendo...
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A busca da cidadania num contexto de luta permanente pela sobrevivência
Ao chegar ao CAIC (Centro de Atenção Integral à Criança), no Sub-Programa de Proteção Especial à Criança, Adolescente e Família, tive a sensação de que estava diante de um grande nome, um grande prédio, e um grande desafio.
Um bairro pobre, trabalhar com "famílias", grandes questões para conhecer e tentar transformar. Lutamos com a falta de tudo, inclusive de ar. Com pessoas com fome, que perderam o encanto pela vida, a auto-estima, a identidade, o respeito por si mesmo.
Um mundo de injustiças sociais onde lhes roubaram a identidade e a cidadania. Mil idéias, mil histórias, ilusões e o desejo de fazer toda a cidade conhecer, discutir e mudar este triste quadro: a luta permanente pela sobrevivência! Me enchi de idéias e caí em campo, ou melhor, pisei na lama e dela tirei lições de vida: algo precisa ser feito. Chega de teorias revolucionárias! Agir rápido e diretamente no problema, foi o meu ponto de partida.
E aqui estou eu, envolta com os problemas do bairro, com os problemas da sociedade, com os meus problemas. Com a busca de um mundo novo, apesar das injustiças.
Nosso trabalho é árduo. Nossa esperança esbarra em questões maiores que esse prédio. Mas, há luz no fim do túnel, luzes que brilham em forma dessa gente trabalhadora e sofrida que ilumina tudo com sua luta.
Estamos trabalhando com Clube das mães, tentando fazer uma horta comunitária, formar grupos de terceira idade.
Tentando e buscando dias melhores.
Os desafios são imensos, do tamanho de nossa esperança.
Esperança que procuramos transformar em ações concretas, num país massacrado, desacreditado, onde nada funciona a não ser a esperteza de alguns políticos. Fazer um trabalho de resgate ao respeito, auto-estima e à cidadania é o que buscamos. Por isso, resolvi deixar registrado aqui a minha esperança.
, Brasil, Caruaru, Pernambuco
Notas
Através do incentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.x
Fonte
Relato de experiencias ; Texto original
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sexta-feira, 12 de junho de 2009
Centro Cultural da Ação da Cidadania
Nota: O texto foi produzido para a Mesa Redonda "Arte e Cidadania", realizada em 25 de novembro, no Centro Cultural da Ação da Cidadania, durante o Fórum Cultural Mundial 2006.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
A cidadania brasileira em tempos de globalização. Repensando o federalismo
Globalização é um dos conceitos em voga na atualidade, sendo seu significado na maioria das vezes reduzido ao aspecto econômico-financeiro, fato esse que tem contribuído para ocultar o caráter multidimensional que tal termo apresenta. Essa redução temática não permite que visualizemos, corretamente, inúmeras e profundas transformações que esse fenômeno tem ocasionado em todas as áreas da nossa vida social, ou seja, sem repudiarmos esse discurso único, de lugares-comuns, naturalizado e acrítico, que procura restringir o dinâmico processo da globalização somente ao seu âmbito economicista, será extremamente complicado lidarmos com as conseqüências, incertezas e riscos que essa mesma globalização tem provocado na esfera dos direitos da cidadania.
"O fato de ser uma palavra "da moda" fez com que ela, mesmo tendo surgido para supostamente apontar algo "novo", esteja já desgastada pelo uso excessivo e pouco rigoroso que dela se tem feito. Hoje já há um certo cansaço da idéia de globalização. Na verdade, esse "cansaço" da expressão reflete o fato de que globalização é um termo vazio de novidade, na medida em que o fenômeno a que se refere, não é, de fato, novo."
(NEUENSCHEWANDER MAGALHÃES, 2000: 256)
Essa apologia de uma democracia de mercado global, não consegue compreender, por ser excessivamente restrita, que o "desenvolvimento entendido como simples crescimento econômico nunca foi de per si garantia de direitos, nem civis e políticos, nem econômicos e sociais." (PIOVESAN, 2002: 81)
Em síntese, essa linguagem do mercado global, que dá os contornos dessa mentalidade dominante, que a todos procura alcançar, em sua característica mais perversa, faz crer que qualquer tipo de manifestação contrária é inútil e contraproducente, não havendo alternativas, buscando erigir uma total uniformização através de um discurso único, no qual não existe uma responsabilidade pelo outro, pois este é encarado como um competidor em potencial, um inimigo a ser derrotado, ou seja, globalização, nessa vertente econômica, designa uma "socialização às cegas, visto ter conseguido de fato englobar o mundo." (THÉLÉNE, 1999: 16)
Essa pretendida constituição de uma nova cidadania só será possível quando o sujeito, tanto na sua esfera privada quanto na pública, sendo ambas entendidas como eqüiprimordiais, tomar consciência de si mesmo e do outro de modo reflexivo, superando o mutismo alienante, a acomodação e o ajustamento, ou seja, o leitmotif dessa cidadania do futuro ainda é a criação e ampliação de espaços públicos não estatais não-coercitivos, os quais possibilitem um agir comunicativo guiado pelo entendimento e respeito recíproco, indo além do mero ato eleitoral em uma democracia representativa como a nossa, tornando os membros de uma comunidade do direito não apenas eleitores, mas cidadãos votantes, já que conscientes dos riscos inerentes em todas as escolhas e decisões que tomarem, assumindo criticamente sua responsabilidade política e social. Daí o Professor José Alfredo de Oliveira Baracho escrever que: "A nova versão de cidadania é traduzida pela idéia de uma consciência cidadã no trato com a coisa pública, tanto para a escolha dos dirigentes, como no trabalho social a ser cumprido." (BARACHO, 1995: 104) É neste ponto que surge, em nossa opinião, uma questão fundamental para entendermos o que é ser cidadão em um mundo globalizado: como esperar que uma pessoa que nem localmente possui ingerência política e poder de decisão possa ser inserida de maneira democrática e não excludente em um cenário internacionalizado? Refletindo a respeito dessa indagação e de todas as intensas transformações resultantes do processo de globalização, aqui apresentadas, principalmente do seu vetor econômico, sabedores que as mesmas não atingiram apenas as estruturas macroecônomicas, mas também os círculos mais profundos, sociais e individuais, confrontando conceitos e idéias a muito solidificadas, e, fundamentalmente, tendo como pano de fundo as extensas redefinições das consagradas funções e papéis estatais, é que vislumbramos a necessidade de repensarmos, na próxima parte de nosso trabalho, a configuração do vigente federalismo brasileiro, buscando questionar os meios de inserir o cidadão num mundo globalizado e heterogêneo, tentando construir propostas que conciliem os instrumentos de inclusão local como os mecanismos globalizantes, em síntese, a "possibilidade de cidadania plena das pessoas depende de soluções a serem buscadas localmente..." (SANTOS, 2000:113)
quarta-feira, 3 de junho de 2009
domingo, 31 de maio de 2009
O QUE É CIDADANIA
por: Marcos Silvio de Santana
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social”
DALLARI, D.A. Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14
BARBOSA, B. Falta de informação limita participação popular. Cidadania na Internet. Rio de Janeiro, nov. 2003. Disponível emhttp://www.cidadania.org.br/conteudo.asp
EMILIANOJOSÉ. História da Cidadania – Uma trilha de lágrimas. Site Pessoal: Salvador, jul. 2003. Disponível emhttp://www.emilianojose.com.br/artigos.php